sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tudo novo de novo... ou não...

Puxa vida tem um tempão que não apareço por aqui! Esse mês foi um pouco tumultuado, deu até pra dar uma fugidinha e curtir um pouco de praia (mineiramente, claro!)
Mas os melhor de tudo é que deu pra pensar (e repensar) muito sobre o ano que acabou. Então cheguei a conclusão que não vou mais ficar reclamando, vou continuar fazendo as coisas da melhor forma que for possível e o resto ... mera consequência.
Mudando radicalmente de assunto, que tragédia essa da região serrana do Rio né? Também na região sul, em São Paulo, sul de Minas, Goiás e Pará o povo sofreu muito nesse primeiro mês do ano.
Mas a verdadeira tragédia é vista quando olhamos para os gestores públicos. Não sei na cidade de vocês, mas aqui onde moro, pra onde olho vejo descaso com a cidade, com o dinheiro público, com a população. Ruas sujas, asfalto cheio de buracos, água de chuva acumulada em vários cantos, córregos imundos, trânsito caótico,paredes pichadas,  pedintes pela rua, doentes mentais pela rua, sem qualquer infra estrutura para os portadores de necessidades especiais (rampas, ônibus, respeito), agentes públicos que acreditam que são autoridades e se colocam em situação hierarquicamente superior aos seu patrão, o povo. E olha que normalmente eu só ando pelos bairros e ruas centrais, imagine nos bairros mais distantes.
Falta educação, falta saúde, falta cuidado, falta sobretudo RESPEITO.
RESPEITO ao povo que trabalha, paga impostos, sutenta este país e elege os governantes e representantes (voto com consciência gente!)
Quando as tragédias (ANUNCIADAS) enfim ocorrem, não há mais nada a fazer, a correria é inócua e os mortos se acumulam, as casas não mais existem, as vidas foram destruídas. Enfim a repercussão só é realmente negativa se a tragédia for realmente grande e nesses casos sempre se pode culpar o excesso de chuvas, o descontrole climático, a natureza, Deus.
O que mais incomoda é saber que logo estaremos falando em seca, dengue, e nos mesmos flagelos que assolam este país desde os tempos em que coronéis exploravam os negros em plantações de cacau, cana de açúcar e café, ou seja, desde sempre.

Em meio às centenas de imagens desoladoras sobre a tragédia nas cidades da região serrana do Rio de Janeiro, uma em especial chama a atenção. Um cão permaneceu ao lado da sepultura de sua dona, Cristina Maria Cesario Santana, que morreu em consequência da catástrofe que atingiu Teresópolis.
Caramelo vivia com Cristina e mais três pessoas. Todas morreram, mas o cão se salvou e ajudou os membros do resgate a localizarem os corpos.


Nada foi feito para evitar ou pelo menos reduzir as dimensões dessas tragédias, nada está sendo feito agora, nada será feito ao longo do ano (tomara que eu esteja errada!). E em 2012 estaremos, infelizmente, nos lamentando sobre as mesmas tragédias, as mesmas machetes. Só mudarão os dígitos e os nomes das vítimas.
Triste... muito triste.

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